Até agosto de 2014, todos os municípios brasileiros precisam apresentar um plano de destinação adequada aos rejeitos em aterros sanitários
O aterro da Tecipar recebe cerca de 700 toneladas de lixo por dia dos municípios de Santana de Parnaíba, Barueri,Carapicuíba e Araçariguama. Ele funciona 24 horas por dia, seis dias por semana. Cada camada de lixo compactado com terra argilosa tem cerca de cinco metros de altura e só a argila pode ser usada para cobrir o lixo, por ser impermeabilizante. Essa camada de terra que vai por cima dos resíduos evita a presença de animais, como urubus e cães. E, assim como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), catadores de materiais recicláveis estão proibidos de entrar no aterro.
As diversas áreas do aterro possuem drenos com os poços que coletam gases resultantes da decomposição do lixo, sendo o metano (CH4), o gás carbônico (CO2) e o oxigênio (O2) os mais presentes. Esses gases são queimados – e o metano deve ser totalmente quebrado em gases não poluentes para que a empresa possa vender crédito de carbono. No dia da visita da reportagem de ÉPOCA ao aterro, 32,3% do gás coletado eram metano, 22,9%, gás carbônico, e 6,41%, oxigênio.
Segundo a PNRS, até agosto de 2014, todos os municípios brasileiros (ou convênios de municípios) precisam apresentar um plano de destinação adequada aos rejeitos em aterros sanitários. No Brasil, o destino final dos resíduos sólidos são os lixões (ou vazadouros a céu aberto) em 50,8% dos municípios, em aterro controlado em 22,5% e em aterro sanitário em 27,7%. Esses são dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008. Todos os dias, são coletadas 188.815 toneladas de resíduos, sendo que 58,3% vão para aterro sanitário, 19,8%, para lixão e apenas 1,4% para reciclagem. Ainda há 2.906 lixões no Brasil, distribuídos em 2.810 municípios, que devem ser erradicados.
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