Descarte Correto de Lâmpadas em Maceió

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Lâmpadas Fluorescentes Compactas (CFLs) são produtos perigosos, dizem cientistas


Democratização do risco

Há poucos anos, ambientalistas pressionavam os legisladores de todo o mundo para banir as lâmpadas incandescentes, reconhecidamente grandes consumidoras de energia - seu grande problema é que elas desperdiçam muita energia na forma de calor.

Em seu lugar, foram adotadas as lâmpadas fluorescentes compactas, que gastam menos energia.

O problema é que essas lâmpadas aparentemente mais econômicas levam em seu interior não apenas o tóxico mercúrio, mas também uma série de outros metais pesados, usados na fabricação dos seus circuitos eletrônicos.

Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo.

Lâmpadas fluorescentes compactas devem ser banidas, dizem cientistas
Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo por meio das lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs). [Imagem: ACS]


Riscos das Lâmpadas Fluorescentes Compactas.

Agora, as tão recomendadas lâmpadas fluorescentes compactas precisam ser banidas - pelo menos é o que os cientistas estão dizendo.

E eles não estão usando meias-palavras: um novo estudo alerta que as lâmpadas fluorescentes compactas, assim como os LEDs, deveriam entrar para a lista de produtos perigosos.


Mas Seong-Rin Lim e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Davis e Irvine, mostraram que o problema é bem maior.

Enquanto o limite para a liberação de chumbo no ambiente é de 5 mg/l, as lâmpadas fluorescentes compactas podem liberar 132 mg/l, e os LEDs 44 mg/l.

O limite de segurança para o cobre é de 2.500 mg/kg, mas as duas fontes de iluminação atingem 111.000 e 31.600 mg/kg, respectivamente.

Tanto lâmpadas fluorescentes compactas, quanto LEDs, usam ainda alumínio, ouro, prata e zinco - as lâmpadas incandescentes, por outro lado, usam quantidades mínimas desses metais, sobretudo daqueles que são tóxicos.

O resultado não mudou nem mesmo quando os pesquisadores analisaram todo o ciclo de vida dos três tipos de lâmpadas.

Em comparação com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas têm 26 vezes mais riscos de efeitos danosos ao meio ambiente por causa da toxicidade dos metais usados em sua fabricação - os LEDs têm um risco 3 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes.

Convenção de Minamata sobre Mercúrio

A recém-negociada Convenção de Minamata sobre Mercúrio estabeleceu metas para o banimento de diversos usos do mercúrio, de longe o maior risco contido nas lâmpadas fluorescentes compactas.

A proposta de banimento desses usos até 2020 cita "Determinados tipos de lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs)", mas o texto final ainda não foi divulgado - o documento só deverá assinado pelos 140 países que negociaram o acordo a partir de Outubro.

Não é a primeira vez que as tentativas de driblar problemas ambientais dão resultados opostos aos esperados: recentemente os cientistas anunciaram que os mesmos gases que salvaram a camada de ozônio agora ameaçam o clima - de resto, avisos contundentes para os apressados proponentes da geoengenharia.

Bibliografia:

Potential Environmental Impacts from the Metals in Incandescent, Compact Fluorescent Lamp (CFL), and Light-Emitting Diode (LED) Bulbs
Seong-Rin Lim, Daniel Kang, Oladele A. Ogunseitan, Julie M. Schoenung
Environmental Science and Technology
Vol.: 47 (2), pp 1040-1047
DOI: 10.1021/es302886m

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Gerenciamento Qualitec de Lâmpadas Fluorescentes em Alagoas.

A Lei Municipal de Maceió Nº5.061/00 em seu Art. 1º descreve: 


É vedado o descarte de Lâmpadas Fluorescentes, Baterias de Telefone celular, Pilhas de Mercúrio Metálico e demais artefatos que contenham metais pesados em Lixo Doméstico ou Comercial.  

§ 1º - Estes produtos descartados deverão ser separados e condicionados em recipientes adequados para destinação específica ficando proibida a colocação em depósitos públicos de resíduos sólidos e a sua incineração. 

§ 2º - Os produtos descartados deverão ser mantidos intactos como forma de evitar vazamento de substâncias tóxicas, até a sua desativação ou reciclagem.  

A NBR-10.004 classifica a Lâmpada Fluorescente como Resíduo Perigoso, através do código de identificação F044 por ser constituinte de Mercúrio e possuir característica de periculosidade Tóxica.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais Nº 9.605/98, toda empresa geradora de lixo tóxico ou contaminante é co-gestora junto à empresa de descarte, por isso nosso comprometimento e certificação junto ao órgão ambiental.  

As lâmpadas fluorescentes ao romper-se emitem vapores de mercúrio (metal pesado) que são absorvidos pelos organismos vivos, contaminando-os; se forem lançadas em aterro essas lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d'água, chegando à cadeia alimentar. Por serem altamente poluidoras, as lâmpadas fluorescentes não podem ser descartadas aleatoriamente no meio ambiente.  

Nosso processo de descaracterização das lâmpadas separa vidro, pó fosfórico, alumínio e mercúrio, dando um destino adequado para esses componentes, evitando que fiquem no meio ambiente.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

IBAMA publica Lista Brasileira de Resíduos Sólidos

O Ibama publicou a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos (Instrução Normativa Ibama nº 13, de 18 de dezembro de 2012), um importante instrumento que irá auxiliar a gestão dos resíduos sólidos no Brasil. 

Com a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, era considerado essencial a padronização da linguagem e terminologias utilizadas no Brasil para a declaração de resíduos sólidos, principalmente com relação às informações prestadas ao Ibama junto ao Cadastro Técnico Federal. 

Sem uma linguagem padronizada para a descrição dos resíduos sólidos, seria pouco provável tratar estatisticamente e comparativamente dados sobre a geração e destinação dos resíduos sólidos de diferentes empreendimentos e atividades, e pouco provável também seria agregar estes dados aos planos de gerenciamento dos municípios e estados brasileiros, que possuem realidades de geração e destinação de resíduos bastante distintas. 

Com a lista, o Ibama pavimenta também o caminho para a implementação do Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos, que já estará disponível ao usuários do CTF no próximo ano. 

Inspirada na Lista Europeia de Resíduos Sólidos (Commission Decision 2000/532/EC), a Lista Brasileira utiliza a mesma estrutura de capítulos, subcapítulos e códigos daquela lista, tendo sido adaptadas as fontes geradoras e tipologias de resíduos à realidade brasileira. 

A adoção da lista também facilitará o intercâmbio de informações no âmbito da Convenção de Basileia que dispõe sobre a movimentação transfronteiriça de resíduos sólidos (exportação, importação e trânsito). Será possível, apenas a partir do código do resíduo, classificar o processo que lhe deu origem e saber se ele contém elementos e contaminantes perigosos. 

Fonte: Ibama/Adaptado por CeluloseOnline

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: prazo acaba no próximo dia 2 de agosto.

lixo

Encerra-se no próximo dia 2 de agosto, após carência de dois anos, o prazo para que estados e municípios concluam planos, estaduais ou municipais, de gestão de resíduos sólidos, caso pretendam pleitear recursos federais para investir no setor, como determina a Lei nº 12.305. “É essencial que estes dois entes federados tenham planos de ação específicos ajustados às suas realidades, proporcionando às populações modelos eficientes de gerenciamento de resíduos”, afirma o gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Saburo Takahashi.

O MMA elaborou um manual de orientação para a elaboração dos planos, que está disponível no site do ministério. Além disso, tem oferecido cursos de ensino a distância para orientar gestores e consultores. O treinamento tem duração de 30 dias e oferece flexibilidade total de horário – cada participante acessa a plataforma e cursa as aulas nos horários que lhe for mais conveniente.
Takahashi explica que as prefeituras que fazem parte de consórcios intermunicipais, podem, em conjunto, elaborar um plano intermunicipal de gestão de resíduos sólidos, que valerá para as cidades que compõem o consórcio. “Isso reduz custo e aperfeiçoa a elaboração do plano”, disse. Pela lei, até 2014, todos os lixões estarão desativados e os rejeitos de todo o país devem ser encaminhados para aterros sanitários.
DÚVIDAS COMUNS
Com a aproximação da data-limite, a equipe técnica da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano tem sido procurada em busca de esclarecimentos sobre a elaboração dos planos. As dívidas mais frequentes são as seguintes:
Existe uma sequência obrigatória na criação dos planos (primeiro o estadual, depois o inter-regional e depois o municipal)?
Não existe uma sequência obrigatória para a elaboração dos planos, sejam eles estaduais, intermunicipais ou municipais. Porém, o ideal é que tenha esta sequência, pois os planos estaduais deverão conter os estudos de regionalização para a implantação de consórcios públicos entre municípios com fins de ganho de escala e ganho de escopo. Cada plano, seja ele estadual, intermunicipal ou municipal deve conter o mínimo necessário previsto na Lei 12.305 de 22 de agosto de 2010 e seu Decreto Regulamentador nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010.
O que acontece com os Municípios que não criarem seus relativos planos?
A elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos é condição para os estados e municípios terem acesso aos recursos da União, a partir de 2 de agosto, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.
O grupo de municípios que tiver um plano inter–regional, não precisa criar seus respectivos planos municipais?
O município que optar por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, assegurado que o plano intermunicipal preencha os requisitos estabelecidos nos incisos I a XIX do caput do artigo 19 da Lei nº 12.305/2010, pode ser dispensado da elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.
Qual órgão pode tirar dúvidas sobre o conteúdo que cada um desses planos necessita ter?
Os artigos 17 e 19 da Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010 define o conteúdo mínimo dos Planos de Resíduos Sólidos seja estadual, intermunicipal ou municipal. Maiores informações poderão ser encontradas na página do MMA: http://bit.ly/OcXF0C
Qual o instrumento para o plano ?
Deverá ser um ato normativo que sirva de diretriz para a gestão de todos os resíduos sólidos. Não apenas resíduos sólidos urbanos, mas também de resíduos procedentes de serviços de saúde, industriais, agrossilvopastoris, de portos, aeroportos, postos de fronteira, construção civil e mineração.
Deverá haver audiências publicas?
Os planos deverão ter participação social, conforme o parágrafo único do artigo 14° da lei 12.305/2010, cujo texto é: “É assegurada ampla publicidade ao conteúdo dos planos de resíduos sólidos, bem como controle social em sua formulação, implementação e operacionalização, observado o disposto na lei 10.650, de 16 de abril de 2003, e no art. 47 da lei 11.445, de 2007.”
O plano deverá ser entregue ao Ministério do Meio Ambiente após a sua conclusão?
A Lei 12.305/2010 trouxe em seus artigos 16 e 18, como condição para que estados e municípios tenham acesso a recursos da União, a partir de 2 de agosto de 2012, a elaboração dos respectivos planos de resíduos sólidos. Porém, não menciona a necessidade de entrega destes planos a algum órgão específico. Portanto, quando o município ou estado for pleitear recursos da União destinados à gestão de resíduos sólidos a algum órgão do governo federal (ex: Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades, Funasa, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES) será necessário, neste momento, apresentar o seu plano para ter acesso aos recursos.
Os municípios deverão elaborar dois planos de resíduos sólidos, sendo um para atender à lei de resíduos e outro para atender À lei de saneamento?
Não o plano de resíduos sólidos elaborado com o conteúdo mínimo proposto pelas duas leis atenderá às duas legislações.
TERMOS TÉCNICOS
O que é acordo setorial?
É o ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes de determinados produtos, com o objetivo de implantar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.
O que é área contaminada?
É o local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos.
O que é área órfã contaminada?
É a área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis.
O que é ciclo de vida do produto?
É a série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final dos seus resíduos.
O que é coleta seletiva?
É a coleta dos resíduos orgânicos e inorgânicos ou secos e úmidos ou recicláveis e não recicláveis, que foram previamente separados na fonte geradora. Materiais não recicláveis são aqueles compostos por matéria orgânica e/ou que não possuam, atualmente, condições favoráveis para serem reciclados.
A coleta seletiva é um tipo de tratamento dado ao resíduo, que começa na fonte geradora com a segregação ou separação dos materiais em orgânicos e inorgânicos. Em seguida, com a sua disposição para a sua destinação, que poderá ser colocada na porta de sua residência, estabelecimento comercial ou indústria, para a coleta porta a porta realizada pelo poder público ou por catadores, ou por entrega voluntária a pontos de entrega voluntária ou a cooperativas de catadores. Posteriormente esse material será separado ou triado nas centrais de triagem, em papel (papelão, jornal, papel branco, entre outros), plástico (PET, PVC, PP, etc), metal (alumínio, flandre, cobre, etc), embalagens compostas , entre outros. Esses resíduos serão organizados e enfardados, e vendidos para serem reciclados, tornando-se um outro produto ou insumo na cadeia produtiva.
A coleta seletiva é também uma maneira de sensibilizar as pessoas para questão do tratamento dispensado aos resíduos sólidos produzidos no dia-a-dia, quer seja nos ambientes públicos quanto nos privados.
O que é coleta seletiva multi-seletiva?
É a coleta realizada por diferentes tipologias dos resíduos sólidos. Normalmente é aplicada nos casos em que os resultados de programas de coleta seletiva implementados tenham sido satisfatórios.
Há a Resolução CONAMA nº275 de 25 de abril de 2001 que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
Azul: papel/ papelão;
Laranja: resíduos perigosos;
Vermelho: plástico;
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
Verde: vidro;
Roxo: resíduos radioativos;
Amarelo: metal;
Marrom: resíduos orgânicos;
Preto: madeira;
Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.
O que é uma central de triagem?
É o local onde são armazenados e separados os resíduos coletados de acordo com as suas tipologias. Em seguida prensados, enfardados para posteriormente serem comercializados e seguirem para as indústrias recicladoras.
Por que segregar os resíduos sólidos urbanos?
Quando falamos em resíduos sólidos, estamos nos referindo a algo resultante de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada. Esses materiais gerados nessas atividades são potencialmente matéria prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.
Ao segregarmos os resíduos, estamos promovendo os primeiros passos para sua destinação adequada. Permitimos assim, várias frentes de oportunidades como: a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; a melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos.
O que é controle social?
É o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos.
O que é destinação final ambientalmente adequada?
É a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a disposição final. Devem ser observadas as normas operacionais específicas para evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e para minimizar os impactos ambientais adversos.
O que é disposição final ambientalmente adequada?
É a distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
O que são geradores de resíduos sólidos?
São pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo.
O que é gerenciamento de resíduos sólidos?
É um conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Essa ações devem seguir um plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma da Lei 12.305/10.
O que é a gestão integrada de resíduos sólidos?
É um conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais e sociais, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável.
O que é a logística reversa?
É um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial. O objetivo é que o resíduo sólido seja reaproveitado, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou que tenha outra destinação final ambientalmente adequada.
O que são padrões sustentáveis de produção e consumo?
É a produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras.
O que é reciclagem?
É o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
O que são rejeitos?
São resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
O que são resíduos sólidos?
São materiais, substâncias, objetos ou bens descartados resultante de atividades humanas em sociedade, cuja a destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido. Também estão nesse grupo os gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
O que é a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos?
É um conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados e para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos da Lei 10.305/10.
O que é a reutilização?
É o processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
O que é serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos?
É o conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de 2007.
Fonte: MMA

Declaração de Exclusividade IMA/AL.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Começa a caça aos prefeitos sujões em Minas Gerais

Chefes do Executivo de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, Nova Lima, Rio Acima e Raposos, na Grande BH, são acionados pelo MP por disporem resíduos sólidos de forma ilegal
Começou em Minas Gerais a temporada de caça aos prefeitos sujões. Depois de vários avisos dados e de muitas recomendações ignoradas, o Ministério Público (MP) estadual já entra com ações por improbidade contra os administradores que insistem em dispor os resíduos sólidos de forma irregular.

A medida vale para prefeitos atuais e de gestões anteriores que, desde 2005, descumpriram termos de ajustamento de conduta (TACs) nos quais se comprometiam a resolver o problema. Pelo menos sete deles estão na mira da Justiça e aguardam o pronunciamento dos magistrados, com risco de perder os direitos políticos. A primeira ação foi proposta em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, cidade cujo lixão precisou ser interditado. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o péssimo exemplo está na conta de Nova Lima, Rio Acima e Raposos.

Nas quatro cidades, as ações estão em fase de notificação e os promotores aguardam os juízes as acatarem ou não. Em Valadares, estão com a corda no pescoço a atual prefeita Elisa Costa e seu antecessor José Bonifácio Mourão. De acordo com o promotor Leonardo Castro Maia, coordenador regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Doce, foram firmados vários acordos, sendo um  para a adequação do aterro.

Além da execução de todos eles, foi pedida a interdição administrativa do depósito de lixo. “A par dessas questões, o município estava operando o empreendimento sem licença ambiental. O município ajuizou pedido de desinterdição do aterro, mas não foi acatado”, conta.

O promotor acrescenta que não foi por falta de verbas que as recomendações não foram cumpridas. “Havia recursos para o aterro de Valadares. Alguns tiveram de ser devolvidos, porque não foram usados ou o foram indevidamente”, relata. Leonardo Maia reforça que, uma vez proposta a ação, não há mais possibilidade de acordo. Entre as sanções, os prefeitos estão sujeitos a ter de ressarcir os cofres públicos por dano ao erário e perder os direitos políticos.

Com o lixão fechado, a solução foi levar o problema para a vizinha Ipatinga. Desde abril, seis carretas transportam 180 toneladas de lixo diariamente para o município. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Valadares informou, por meio de nota, que a coleta na cidade está sendo feita normalmente e que o transporte até Ipatinga custa cerca de R$ 500 mil por mês. Acrescentou que já há projeto de aterro sanitário, que será construído por meio de parceria público-privada (PPP).

No leva e trás do lixo, quem não gostou nada da solução encontrada por Governador Valadares foi Ipatinga, que paga à Vital Engenharia Ambiental, do Grupo Queiroz Galvão, para receber os resíduos da cidade – e somente dela. A assessoria de imprensa do município informou, também por meio de nota, que o contrato de concessão de limpeza pública prevê o uso exclusivo de Ipatinga. Mas, além de Valadares, o local está recebendo também o lixo de Belo Oriente, Coronel Fabriciano, Marliéria e Timóteo – fato descoberto durante a CPI da Limpeza Pública, em 2010. Por causa disso, o contrato com a Vital está sendo questionado. O objetivo é evitar que, “no fim da concessão de 25 anos, o município de Ipatinga receba aterro sanitário com vida útil menor e com passivo ambiental maior em função dos resíduos de outros municípios”, diz a nota. A Queiroz Galvão foi procurada, mas não retornou para falar a respeito.

Na corda bamba

Na Grande BH, a ação proposta pela coordenadora das Promotorias de Justiça de Habitação e Urbanismo, Marta Alves Larcher, foi motivada pelo descaso em relação ao depósito do Galo, instalado há mais de quatro décadas às margens do Rio das Velhas. Se o juiz acatar a ação, terão de prestar contas à Justiça o prefeito de Raposos, Nélcio Duarte, e seus antecessores Cléber Solano de Castro e João Carlos da Aparecida; o de Nova Lima, Carlos Roberto Rodrigues; e o de Rio Acima, Raimundo Cirilo Alves. Eles poderão ser condenados com perda da função pública, multa cível, reparação dos danos, perda dos direitos políticos e, em caráter liminar, indisponibilidade dos bens até R$ 10 milhões para assegurar recursos que reparem os danos.

Quase um terço dos prefeitos mineiros (278) está na berlinda. O ultimato para acabar com os lixões foi dado pela própria Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que acionou o MP para enquadrar os administradores depois de mais de 10 anos de negociação. O coordenador do Centro de Apoio Operacional da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Luciano Badini, diz que não há mais espaço para enrolação.

Consórcio é alternativa

Será definida, nos próximos dias, a data de lançamento do edital para o megaconsórcio do lixo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O empreendimento será executado por meio de parceria público-privada (PPP) para transbordo, tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos em 47 cidades da RMBH e do Colar Metropolitano.

O projeto, coordenado pelas secretarias de Estado de Gestão Metropolitana (Segem) e de Desenvolvimento Econômico (Sede), esteve aberto a consulta pública e recebeu mais de 1 mil páginas de sugestões de investidores, catadores de material reciclável e operadores de tecnologia nacionais e internacionais. BH é a única cidade da região metropolitana que não vai participar da iniciativa.

O modelo de gerenciamento do lixo – aterro, incinerador ou outra tecnologia – será definido pelo vencedor da licitação, que deverá oferecer o menor preço e também se comprometer a aterrar menos quantidade. O consorciado terá a obrigação de não aterrar, pelo menos, 20% de todo o resíduo recolhido nas 47 cidades. Os aterros ou usinas não têm ainda locais definidos e serão escolhidos pela iniciativa privada. A estimativa é de que três cidades recebam os detritos.

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru), 11 consórcios estão formatados, dos quais seis já funcionam, nas cidades-polo de Itajubá (Sul do estado), Frutal (Triângulo mineiro), Cristiano Otoni e João Monlevade (Região Central), Betim (RMBH) e Janaúba (Norte de Minas). Os consórcios surgiram como a solução mais viável para tirar da forca os prefeitos em risco de serem processados e de aliviar, ainda, os pequenos municípios, que não têm quantidade de lixo suficiente para atrair a iniciativa privada no negócio de construção de aterros.

Fim dos lixões

Afinal, vence no início de agosto de 2014 o prazo da Lei 12.305 dado às cidades brasileiras para a eliminação completa dos lixões e a construção de aterros sanitários. Mais perto ainda está a data para a entrega dos planos municipais de gestão integrada dos resíduos sólidos, no início do mês que vem. As cidades que não cumprirem essa primeira parte do dever de casa não terão acesso a recursos da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza pública e ao manejo dos resíduos.

Menos da metade da população mineira (47%), ou 9,2 milhões de habitantes de zonas urbanas, é atendida por unidades regularizadas de disposição final de resíduos. São 136 usinas de triagem e compostagem e apenas 80 municípios com aterros sanitários. A maioria convive com descarte a céu aberto (278) ou com os aterros controlados (359), que nada mais são do que lixões cobertos por uma manta de terra.

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2012/07/18/interna_politica,385689/comeca-a-caca-aos-prefeitos-sujoes-em-minas.shtml

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Lodo tóxico

Famosa por ser rigorosa com o uso da maconha, a pequena localidade de Sierra Blanca faz vistas grossas para um dos maiores crimes ambientais em curso nos EUA. Sierra Blanca, segundo denúncia de ambientalistas norte-americanos, liberou uma área destinada ao depósito final dos sedimentos sólidos resultantes do tratamento de esgotos de Nova Iorque. Moradores locais têm denunciado uma série de problemas de saúde incomuns na última década, desde a formação do depósito. Investigadores independentes têm se concentrado em avaliar o impacto causado pela ação do lixo tóxico proveniente de NY e as licenças ambientais emitidas nesse sentido, liberadas em uma velocidade recorde de 23 dias.

O lodo de esgoto é o bolo molhado sólido produzidos depois de dejetos humanos, residenciais e industriais combinados em estações de tratamento de águas residuais. Inventário da Agência de Proteção Ambiental de Emissões Tóxicas também revela que milhares de toneladas deste resíduo químico são descarregadas em sítios por todo o país. Um relatório especial da Universidade de Cornell estima que mais de 60 mil substâncias tóxicas e compostos químicos podem ser encontrados no lodo de esgoto.

Estes resíduos são combinados em estações de tratamento central, onde se forma o lodo de esgoto, que pode conter metais pesados como o arsênico, cromo, mercúrio, chumbo e resíduos radioativos. Além disso, substâncias cancerígenas, tais como pesticidas, juntamente com agentes patogénicos, incluindo vírus e bactérias portadoras de E Coli, Salmonella e TB também são encontrados no lodo de esgoto.
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