Descarte Correto de Lâmpadas em Maceió

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Seminário Ambiental apresenta soluções técnicas para redução e reciclagem do lixo

23/11/2010 15h17min

Segundo dia do evento, em Joinville, trouxe exemplos de reciclagem de plástico e isopor, tratamento de efluentes industriais e atividades da Seinfra e Fundema em relação ao lixo.

O segundo dia do Seminário de Consciência Ambiental, nesta terça-feira, na Câmara de Vereadores de Joinville, discutiu principalmente soluções técnicas para a reciclagem e a redução de resíduos. O evento é uma promoção do Poder Legislativo da cidade e do Jornal A Notícia.
Na primeira palestra, o engenheiro João Henrique Paes Leme, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentou um modelo experimental para geração de energia a partir da incineração (queima) de sacolas plásticas. Os gazes gerados são filtrados e não há poluentes liberados na atmosfera, segundo o engenheiro. A energia gerada é usada para abastecer o próprio experimento.
Na sequência, o secretário de Infraestrutura de Joinville, Ariel Pizzolatti, mostrou dados sobre o aterro sanitário de Joinville. Segundo ele, com as ampliações pelas quais o local passa, terá capacidade para receber resíduos por mais 18 anos. Mesmo assim, a meta é de prolongar esse tempo aumentando a reciclagem para 15% do total recolhido por mês (atualmente, é metade disso).
O diretor-presidente da Termotécnica, fabricante de isopor de Joinville, Albano Schmidt, mostrou o exemplo da empresa no que se pode chamar de engenharia reversa. A própria empresa recebe de volta o isopor de embalagens de eletrodomésticos, por exemplo, e usa na construção civil e na fabricação de embalagens para frutas.
As atividades e planos da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema) foram apresentados, em seguida, pelo presidente do órgão, Marcos Schoene. O órgão trabalha atualmente em estudos para indicar à Prefeitura qual área de reciclagem (construção civil, lixo orgânico, plástico) é mais vantajosa para iniciativas a curto prazo.
No encerramento, o engenheiro da Albrecht, empresa joinvilense que fabrica máquinas industriais, Luís Ferreira, mostrou o equipamento que a empresa patenteou para o tratamento do lodo que resulta do tratamento de efluentes industriais ou mesmo do tratamento da água e do esgoto nos municípios.
O seminário ambiental terminou nesta quarta-feira, com outras cinco palestras. O destaque foi a apresentação de Luciano Zica, ex-secretario nacional de Recursos Hídricos, que falou da Lei de Resíduos Sólidos, aprovada este ano.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Brasil precisa substituir lixões por aterros sanitários até 2015

A implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em agosto e ainda sem regulamentação, terá como grandes desafios a gestão compartilhada, o prazo para substituição de lixões por aterros sanitários e a ampliação e melhoria da produtividade da coleta seletiva. As metas foram listadas na segunda-feira (8) pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Machado, disse que a regulamentação da PNRS – que tinha prazo de 90 dias, contados a partir de 2 de agosto – será concluída até o fim deste governo e assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministério já tem uma minuta do decreto e está discutindo o texto no governo e com entidades do setor de gestão de resíduos.

A lei prevê a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos e proíbe a manutenção de lixões em todo o país. Segundo Silvério, estados e municípios terão até agosto de 2011 para elaboração de planos de gestão de resíduos. Até 2015 o país terá que ter eliminado os lixões.

“O esforço inicial é para garantir a implementação de aterros. A lei dá quatro anos de prazo máximo para adequação de aterros e fim dos lixões”, disse o secretário durante apresentação no seminário Regulação e Gestão de Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos: Aproveitamento Energético do Metano de Aterros Sanitários.

O governo deverá estimular projetos compartilhados entre municípios e estados e iniciativas intermunicipais, que têm custo operacional reduzido, se comparados com projetos individuais. Uma das orientações, segundo Silvério, será a criação de autarquias municipais ou intermunicipais de gestão de resíduos.

“Queremos estimular a formação de consórcios públicos para gestão, isso otimiza investimentos e permite planejamento e gastos compartilhados”, comparou.

Evitar que os aterros voltem a se transformar em lixões por falta de gestão também é umas das preocupações do governo. Entre as possibilidade para garantir a sustentabilidade financeira dos empreendimentos estão o aproveitamento do metano liberado pelo lixo para produção de energia e a criação de estímulos fiscais vinculados à manutenção dos projetos. “O país tem que ter uma meta para recuperação de energia em aterros a partir do gás metano. Os planos [estaduais e municipais] terão que contar com a perspectiva de recuperar energia dos aterros”, sugeriu Silvério.

Durante a apresentação, o secretário também apontou a necessidade de ampliação e melhoria da qualidade da coleta seletiva. Dos 5.565 municípios brasileiros, somente cerca de 900 têm o serviço de coleta seletiva. E a produtividade é baixa: apenas 12% do que é coletado é de fato reciclado, segundo Silvério.

Fonte: Luana Lourenço - Agência Brasil
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...