Descarte Correto de Lâmpadas em Maceió

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A3P - Agenda Ambiental na Administração Pública

A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é uma ação voluntária proposta pelo MMA e tem sido implementada por diversos órgãos e instituições públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três poderes. Iniciada em 1999, a A3P tem como objetivo estimular os gestores públicos a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental em suas atividades rotineiras, levando à economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais por meio do uso racional dos bens públicos e da gestão adequada dos resíduos.

A Agenda Ambiental na Administração Pública, sendo reconhecida pela relevância do trabalho e dos resultados positivos que obteve ao longo do seu desenvolvimento, foi consagrada, em 2002, com o prêmio Unesco "O melhor dos exemplos", na categoria Meio Ambiente.

Diante da sua importância, a A3P foi incluída no PPA 2004/2007 como ação, no âmbito do programa de educação ambiental. Essa medida garantiu recursos para que a A3P possa ser efetivamente implantada e tornar-se um novo referencial de sustentabilidade socioambiental das atividades públicas.

A partir de 2007, com a reestruturação do Ministério do Meio Ambiente, a A3P passou a integrar o Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental (DCRS), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC). Nesse novo arranjo institucional a A3P foi fortalecida enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental do governo e passou a ser uma das principais ações para proposição e estabelecimento de um novo padrão de responsabilidade nas atividades econômicas na gestão pública.

Portarias Institucionais

Portaria Nº 217 de 30 de julho de 2008 - Institui o Comitê de Implementação da A3P no Ministério do Meio Ambiente
Portaria No. 61 de 15 de maio de 2008 - Estabelece práticas de sustentabilidade ambiental nas compras públicas

Como participar?

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=36&idConteudo=7514&idMenu=7683

Gestão Adequada de Resíduos

Pode-se dizer que as preocupações com a coleta, o tratamento e a destinação dos resíduos sólidos representa, porém, apenas uma parte do problema ambiental. Vale lembrar que a geração de resíduos é precedida por uma outra ação impactante sobre o meio ambiente - a extração de recursos naturais.
A política dos 3 R´s deve priorizar a redução do consumo e o reaproveitamento dos materiais em relação à sua própria reciclagem.
Os dois primeiros R´s (reduzir e reutilizar) fazem parte de um processo educativo que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos. A questão-chave é levar o cidadão a repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício.
O terceiro R (reciclagem) é colocado em prática pelas indústrias que substituem parte da matéria-prima por sucata (produtos já utilizados), seja de papel, vidro, plástico ou metal, entre outros. Ainda é preciso que se amplie o mercado para produtos advindos deste processo. " Segregar sem mercado é enterrar separado" (IPT & CEMPRE, 1995).
Com a valorização da reciclagem, as empresas vem inserindo, nos produtos e em suas embalagens, símbolos padronizados que indicam a composição dos materiais. Esse tipo de rotulagem ambiental tem, também, por objetivo facilitar a identificação e separação dos materiais, encaminhando-os para a reciclagem.
As vantagens dessas práticas estão na redução do (a):
  1. Extração de recursos naturais;
  2. Redução dos resíduos nos aterros e o aumento da sua vida útil;
  3. Redução dos gastos do poder público com o tratamento do lixo;
  4. Redução do uso de energia nas indústrias e intensificação da economia local (sucateiros, catadores, etc.).

Implementação do Decreto nº 5940, de 25/10/06

Atualmente, a maior parte dos órgãos públicos que já implementam ações da A3P estão se inserindo no projeto "Coleta Seletiva Solidária", conforme o Decreto nº 5940, de 25 de outubro de 2006, que institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, constituindo-se em exemplo na busca da inclusão social de expressivo contingente de cidadãos brasileiros.

O referido Decreto prevê a constituição de uma Comissão para a Coleta Seletiva, no âmbito de cada órgão, cujo o objetivo é de implantar e supervisionar a separação dos resíduos e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores. Assim como é também de sua responsabilidade apresentar, semestralmente, ao Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo, avaliação do processo de separação e destinação às associações e cooperativas dos catadores.

Além de terem um importante papel na economia, os catadores de materiais recicláveis configuram-se como agentes de transformação ambiental e sua ação minimiza o quantitativo de lixo a ser coletado e destinado pelas municipalidades, ampliando a vida útil dos aterros sanitários. Esses trabalhadores são, ao mesmo tempo, geradores de bens e de serviços, impulsionando o setor econômico da reciclagem.

Cenários

Matéria Orgânica:

Aterro Sanitário Energético- ocorre a decomposição anaeróbia da matéria orgânica, gerando o gás metano (gás combustível), gás carbônico e chorume, os quais constituem os maiores responsáveis por impactos negativos em aterros.

Compostagem- é a reciclagem da matéria orgânica por decomposição aeróbia ou anaeróbia.

Compostagem Aeróbia- técnica de tratamento que gera quantidade significativa de matéria orgânica estabilizada (adubo orgânico), sendo importante para a estruturação do solo (corretivo orgânico).

Pode-se incentivar a compostagem doméstica, especialmente em cidades de pequeno e médio porte, tendo a vantagem de redução da geração de lixo, diminuindo custos de transporte e destinação, bem como da produção de adubo.

Compostagem Anaeróbia - técnica de tratamento em que o principal produto gerado é o gás metano, usado como combustível. Esta técnica exige investimento considerável de instalação e manutenção, sendo a operação mais complexa do que no processo aeróbio.

Assim sendo, uma política que vise o tratamento adequado para a fração orgânica é de extrema importância. Deve-se pensar em estratégias diferentes para cidades de diferentes portes:

a) Cidades de grande porte: aterro com recuperação energética; compostagem com os resíduos geradores de matéria orgânica, sendo necessário que a matéria orgânica seja coletada separadamente para evitar contaminação por poluentes inorgânicos (metais pesados);

b) Cidades de pequeno e médio porte: compostagem aeróbia e anaeróbia dependendo da região. Nos casos de escassez de energia, recomenda-se investir na geração de metano. O incentivo a compostagem doméstica é também importante. Avaliar a possibilidade de consórcio.

Resíduos de Plástico, Papel, Papelão, Papel Metalizado, Vidro e Metal:

Este grupo é responsável por aproximadamente 40% dos resíduos gerados em domicílios, sendo na sua maioria resíduos de embalagens.

Em meados de 1997, o setor de embalagens de garrafas PET e de latas de alumínio em conjunto com as grandes redes de supermercados, os quais não queriam reservar espaços para os vasilhames, decidiram qual o tipo de embalagem para bebidas engarrafadas, sem considerar os impactos ambientais negativos deste procedimento (geração de lixo, consumo energético, etc.).

Vidros e Metais

Os materiais de vidro e metal podem ser reciclados muitas vezes sem perderem suas propriedades físico-químicas. A garrafa de vidro pode ser retornada no processo cerca de 30 vezes, passando apenas por um processo de limpeza. Já no caso do alumínio, sua embalagem somente pode ser usada uma vez, tendo que ser fundida para fazer um nova embalagem.

Papel e Papelão

As fibras que constituem o papel e o papelão perdem suas características físico- químicas durante os vários processos de reciclagem, ou seja, chega um momento em que a qualidade desse material não é mais adequada para a reciclagem, sendo necessário incentivar a redução de sua geração e consumo. Quanto ao papelão, deve-se incentivar que as embalagens sejam devolvidas aos fabricantes, por meio da responsabilidade compartilhada.

Plásticos

Os plásticos são compostos por moléculas orgânicas poliméricas, unidades de matéria muito longas nas quais uma pequena unidade estrutural repete-se inúmeras vezes. O polímero orgânico mais simples é o polietileno.

Dependendo da forma exata em que tem lugar a polimerização, é formado o polietileno de baixa densidade (LDPE), o plástico designado para efeitos de reciclagem com o número 4, ou o polietileno de alta densidade (HDPE), designado com o número 2.

Se um dos átomos ligados a cada segundo átomo de carbono de cada cadeia é o cloro - Cl, em lugar de hidrogênio, o polímero obtido é o PVC poli (cloreto de vinila), que usa como símbolo de reciclagem o número 3.

Se o substituto é um grupo de metila, em vez de cloro, temos o polipropileno (símbolo de reciclagem 5) e, se é um anel de benzeno, obtemos o poliestireno (símbolo 6).

O outro plástico comumente reciclado (símbolo 1), é o PET - poli (etileno tereftalato).

As matérias-primas a partir das quais são fabricados os plásticos são obtidas do petróleo cru (exceto o cloro do PVC) Pode-se dividir os plásticos em três grupos:

1) os que deveriam ser gradualmente banidos (embalagens de PVC para alimentos);

2) os que no médio e longo prazo devem ser reduzidos por apresentarem características tóxicas - PET e poliestireno (copos descartáveis);

3) e os que apresentam características pouco tóxicas como o polietileno e o polipropileno

Algumas características dos plásticos formados por todos esses polímeros que os tornam atrativos para a maioria dos usos a que estão associados, incluindo embalagens, são a sua força e resistência, durabilidade e longa vida, baixo peso, excelente barreira contra água e gases, resistência à maioria dos agentes químicos, excelente processabilidade e baixo custo.

Tais propriedades, no entanto, são também um grande problema ao final da vida útil desses produtos, especialmente o uso único em produtos como sacolas e embalagens. A sua inércia inerente permite que persistam no ambiente e o seu baixo custo fazem com que sejam altamente descartáveis.

Alguns países, como a Suécia e a Alemanha, tornaram os fabricantes legalmente responsáveis pela coleta e reciclagem das embalagens usadas em seus produtos. Pode-se dizer que se o impacto ambiental fosse incluído na determinação do custo dos materiais virgens, o plástico reciclado seria a alternativa mais barata. Além disso, a combustão de alguns plásticos, sobretudo o PVC, produz dioxinas e furanos e emite cloreto de hidrogênio gasoso.

Existem quatro formas básicas de reciclar plástico:

reprocessamento por refusão ou remoldagem, onde os plásticos são lavados, fragmentados e triturados, de forma que, uma vez limpos, podem ser fabricados novos produtos a partir deles;
despolimerização até seus componentes monoméricos mediante processos químicos ou térmicos, de forma que possam ser polimerizados novamente;
transformação em uma substância de baixa qualidade a partir da qual possam ser feitos outros materiais;
queima para obtenção de energia ( reciclagem de energia ).

Entre os exemplos da opção de reprocessamento, incluem-se a produção de fibras de carpete a partir de PET reciclado, itens como canecas de plástico e sacolas a partir de HDPE reciclado, e estojos de CD`s e acessórios de escritório, a partir de poliestireno reciclado, entre outros.

Dentre os exemplos de opções de transformação para reciclagem de plásticos, estão:

Processos de redução, como a produção de combustível sintético. Por exemplo, tem sido proposta a pirólise de plásticos de polietileno para gerar monômeros que podem ser convertidos em lubrificantes;

Processos de oxidação com o objetivo de produzir gás de síntese. Não importa quantas vezes se pode reutilizar os plásticos tradicionais. Isto não leva ao seu desaparecimento. A maior parte (mais de 80%) dos plásticos pós-consumo no Brasil vai acabar depositada nos aterros sanitários, nos lixões, nas ruas, parques, lagos, rios, mares, ou seja, no meio ambiente, se acumulando nestes locais por décadas antes que comecem a se degradar.

Considerações sobre a Reciclagem

Os materiais de pós-consumo mais comumente coletados para reciclagem são o papel, alumínio, aço e vidro. Os custos de mão-de-obra, energia e poluição associado à coleta, à seleção e ao transporte dos materiais para as instalações onde podem ser reutilizados devem ser considerados em qualquer análise.

Além disso, a demanda de materiais reciclados dessas categorias ao longo do tempo tem se mostrado inconsistente, apresentando preços oscilantes, em resposta às mudanças nas condições de suprimento e em função da demanda.

Assim sendo, a reciclagem de papel, vidro e plásticos necessita ser justificada com base em fatores não-econômicos e não-energéticos, incluindo por exemplo a redução dos espaços dedicados aos aterros.

Por essas razões, e inúmeras outras, a redução no consumo deve ter prioridade sobre a reutilização e a reciclagem de materiais.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mineralograma nas Fezes

Exame de mineralograma na urina e nas fezes refletem os níveis de metais pesados depositados nos tecidos do corpo, mas o exame fica mais correto depois de tomar um agente quelador que ajuda extrair o metal. Esses exames são importantes para avaliar a eficiência do tratamento de quelação, já que o exame mede a quantidade de metal excretado do corpo e dos tecidos. Os elementos do exame de urina e de fezes não são recomendados a menos que se use um agente quelador.
Metais pesados podem muitas vezes ter efeitos combinados, uma vez se expondo a vários metais pesados a níveis baixos, pode existir os mesmos efeitos que a exposição de nível alto a um metal pesado específico.
Metais pesados são elevados em crianças e adultos com autismo e TID, incluindo Urânio, Mercúrio, Cadmio, Arsênico, chumbo, alumínio, a antimônio.
Cabelo é a amostra mais fácil de se coletar, e é considerado o melhor tipo de amostra para esse tipo de exame. Metais pesados tais como mercúrio pode se encontrar até 250 vezes mais alto no cabelo que no sangue.
O uso de exames de metais pesados é contraverso.
Tratamento com quelação o agenta DMSA tem sido considerado o tratamento mais efetivo para metais pesados de alta toxidade, apesar de alguns médicos preferirem DMPS. Medidas de metais na urina após quelação é a melhor maneira de determinar se os metais foram realmente removidos do corpo.
Recomenda-se, para comprovar os resultados elevados detectados no exame inicial de metais de cabelo, ou para avaliar a eficácia da eliminação de metais, já que o produto quelante se adere aos metais pesados depositados no corpo e os elimina com a urina ou fezes.

Quem pede esses exames:
Nutrólogos
Médicos Ortomoleculares
Medicine Estéticas
Neurologista
Pediatras

O Que analisa esse Mineralograma?
Minerais: Cálcio, magnésio, sódio, zinco, potassio, cobre, selênio, cromo, manganês, molibdeno, boro, iodo, litio, estrôncio, sódio, bário, zircônio, cobalto, tungsteno, fósforo, silicone, ferro, vanadio, enxofre. Tóxicos: alumínio, antimônio, arsênico, berilio, bismuto, chumbo, mercúrio, prata, talio, toro, urânio, níquel, estanho, cadmio.

Opções de Tratamento
Se o resultado do exame reveler excesso de metais pesados, é necessário a eliminação da fonte de contaminação o mais rápido possível e considerar fazer tratamento de quelação com a ajuda de um profissional qualificado. Se a deficiência de mineral for encontrado, é necessário fazer suplementação.
Benefícios do Mineralograma

Determinar a fonte principal ou contribuinte que causa a desordem.
Quelação (eliminação de metais pesados do corpo), assim também como suplementar com minerais importantes, traz melhorias importantes na condição de pessoas afetadas por desordens crônicas, autismo, e desordens do desenvolvimento, de acordo com pesquisas recentes. Metais pesados podem afetar a absorção normal de vitaminas e minerais, assim também como o funcionamento do sistema imuológico, do sistema metabólico. Nós oferecemos esse exame para médicos e pacientes. Se você é um médico e já faz esse exame em outro laboratório, nos contate e veja os nossos preços imbatíveis, com qualidade superior.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pilhas e baterias tóxicas

Você sabia que:
- 11 toneladas de baterias são depositadas por ano em lixões;
- suas substâncias tóxicas chegam à cadeia alimentar humana e :
- são prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso em geral;
- acarretam mutação genética;
- são agentes cancerígenos;
- causam efeitos corrosivos violentos na pele e nas membranas da mucosa;
- causam Intoxicação crônica;
Saiba como evitar isso!
De início, conhecíamos apenas a utilidade dos aparelhos, mas com o tempo começamos a nos perguntar: "O que fazer com as pilhas e baterias velhas que não servem mais para recarga e nem fazem os aparelhos continuarem funcionando? Que p roblemas esses elementos causam à natureza e à vida quando perdem seu tempo de uso? O que pode ser feito para que essa situação seja revertida e o que cabe a cada um de nós contribuir nesta mudança?".

OS DADOS SÃO ALARMANTES

O Ministério do Meio Ambiente calcula que em São Paulo são anualmente descartadas no meio ambiente 152 milhões de pilhas comuns e 40 milhões de pilhas alcalinas, segundo dados da Cetesb (a empresa paulista de saneamento ambiental), e cerca de 12 milhões de baterias de celular. A soma é superior a 200 milhões de uni dades a cada ano! No Rio de Janeiro a estimativa anual totaliza 90 milhões de unidades, totalizando cerca de 11 toneladas de baterias depositadas por ano em lixões - o ideal seria o armazenamento especial desses resíduos.
ONDE ESTÁ O PERIGO?
Ocorre quando se joga uma pilha ou bateria, no lixo comum, pois há o risco desses metais pesados e elementos químicos perigosos entrarem na cadeia alimentar humana, causando sérios danos à saúde. Essas substâncias tóxicas chegam à cadeia alimentar humana via irrigação da agricultura ou pela ingestão da água ou alimento contaminado e se acumulam no organismo das pessoas produzindo vários tipos de contaminação.
Quer ter uma noção melhor do que cada material que é composto as pilhas e baterias causam?
Chumbo:
- prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso em geral.- o sangue, rins, sistema digestivo e reprodutor.- eleva a pressão arterial.- agente teratogênico (que acarreta mutação genética)
Cádmio:
- é comprovadamente um agente cancerígeno, teratogênico e pode causar danos ao sistema reprodutivo.
Mercúrio:
-Intoxicação aguda: efeitos corrosivos violentos na pele e nas membranas da mucosa, náuseas violentas, vômito, dor abdomina l, diarréia com sangue, danos aos rins e morte em um período aproximado de 10 dias.
Intoxicação crônica:
sintomas neurológicos, tremores, vertigens, irritabilidade e depressão, associados a salivação, estomatite e diarréia.; descoordenação motora progressiva, perda de visão e audição e deterioração mental decorrente de uma neuroencefalopatia tóxica, na qual as células nervosas do cérebro e do córtex cerebelar são seletivamente envolvidas.
Zinco 4:
- sensações como paladar adocicado e secura na garganta, tosse, fraqueza, dor generalizada, arrepios, febre, náusea, vômito.
COMO EVITAR ISSO:
Em alguns países de primeiro mundo já existem coletas especiais para resíduos perigosos. Cada pessoa deve assumir o seu papel de destinar o lixo químico ao local correto.
Importante!
Várias instituições estão colocando pontos de coleta por todo o Brasil, como é o caso de alguns bancos, então fique de olho!
A situação pode ser revertida e o prejuízo ecológico reduzido.
Deve-se observar as informações fornecidas nas embalagens e usá-las realmente, porque o importante mesmo é que o máximo seja feito para que o destino dess es elementos seja favorável à saúde das pessoas, dos animais, da natureza, enfim, do planeta. E melhor! Procure usar pilhas recarregaveis.
Uma campanha de conscientização da problemática seria de grande importância. A divulgação sobre o assunto ainda não atingiu nem uma pequena parte da população.
Então faça também sua parte e divulgue!
COMO FUNCIONA O PROCESSO DE RECICLAGEM:

Nas pilhas comuns é possível reaproveitar a folha de flandres e o zinco, e das pilhas alcalinas pode-se recuperar potássio, sais de zinco e dióxido de manganês.
Primeiramente, as pilhas passam por uma cuba de alto-forno, onde os componentes orgânicos são decompostos e a maior parte do mercúrio evapora. Os gases são, então, queimados num incinerador a 1000/1200 °C. As partículas sólidas de óxido de zinco, óxido de ferro e carbono são retiradas por lavagem do gás quente, que é então refrigerado e o mercúrio condensado. O mercúrio também é destilado da água da lavagem. Os resíduos das pilhas queimadas são então despejados no forno de indução, onde os óxidos de zinco, ferro e manganês são fundidos a temperaturas entre1450/1500 graus centígrados e reduzidos as suas formas metálicas. Acrescenta-se carbono ao já presente em alguns eletrodos de pilhas, para atuar como agente redutor. O vapor metálico é recolhido para um condensador de zinco e os metais restantes principalmente ferro, manganês além de uma escória inerte com aparência de vidro, são continuamente drenados.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Crime Ambiental - Multas só vão prescrever depois de 5 anos

22 de outubro de 2010
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) editou ontem súmula que determina que as multas aplicadas por crime ambiental só prescrevem cinco anos após o término do processo administrativo. A súmula vai orientar o julgamento de casos desse tipo em tribunais de todo o País. Na prática, a súmula favorece os órgãos de fiscalização ambiental, que terão mais tempo para cobrar dos infratores as multas por via judicial.

KPC - Paraíba e Espírito Santo confirmam casos de contaminação

22 / 10 / 2010

A Paraíba e o Espírito Santo também confirmaram casos de contaminação pela superbactéria KPC, segundo levantamento da Agência Brasil com as secretarias de saúde de oito estados e do Distrito Federal (DF). Na quarta-feira (20), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que há casos também no Paraná e em São Paulo. As primeiras contaminações foram confirmadas no Distrito Federal, onde há 183 casos.

A Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou 18 casos de contaminação pela superbactéria. No Espírito Santo, foi notificado um caso. No Paraná, foram registrados 21 casos em Londrina e três na capital, Curitiba, sendo que uma morte está sob investigação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

O Distrito Federal tem o maior número de contaminações e mortes. São 183 casos registrados em 17 hospitais – um aumento de quase 70% em menos de duas semanas – e 18 mortes. Dos pacientes infectados pela bactéria no DF, 46 tiveram quadro de infecção e 61 continuam internados em hospitais públicos e privados.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou na quarta-feira que não há surto da KPC. Segundo o órgão, os casos isolados em hospitais não são registrados, porque a notificação não é obrigatória. Mas dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contabilizam 70 casos em São Paulo.

A questão da obrigatoriedade de notificar casos envolvendo bactérias resistentes a antibióticos, como a KPC, será discutida amanhã (22) em reunião entre técnicos da Anvisa e especialistas em infectologia e microbiologia. Segundo a Anvisa, a legislação atual não expressa, de forma clara, a necessidade do registro obrigatório pelos estados para esse tipo de caso, o que permite interpretações diferenciadas da norma.

O aumento de casos relacionados à KPC colocou o governo federal em alerta. A mortalidade nos casos da bactéria é de 30% a 40% maior em comparação à mortalidade provocada por infecção hospitalar, segundo informações do diretor da Anvisa, Dirceu Barbano. O encontro com os especialistas visa a identificar onde estão as falhas que provocaram a contaminação pela superbactéria e à adoção de medidas para conter e prevenir novos casos.

A Agência Brasil procurou também as secretarias de Saúde da Bahia, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, que não informaram casos da infecção. Em Pernambuco, foi registrado um caso, em 2005, conforme as autoridades locais.

A KPC é um tipo de enzima que tem provocado resistência de algumas bactérias aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.
(Fonte: Carolina Pimentel/ Agência Brasil)

Vírus da gripe suína tem nova cepa, indica artigo médico

22 / 10 / 2010

O vírus H1N1 da gripe suína pode estar começando a sofrer mutação, e uma forma um pouco diferente começou a predominar na Austrália, na Nova Zelândia e em Cingapura, relataram pesquisadores na quinta-feira (21).

São necessários mais estudos para dizer se a nova cepa apresenta um risco maior de matar os pacientes e se a vacina atual é capaz de proteger contra ela, disseram Ian Barr, do Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Referência e Pesquisa sobre Influenza em Melbourne, na Austrália, e seus colegas.

“No entanto, isso pode representar o início de uma mudança antigênica mais drástica dos vírus A (H1N1) do influenza que poderá exigir uma atualização da vacina mais cedo do que o esperado”, escreveram eles na publicação online Eurosurveillance.

É possível que a nova cepa seja mais letal e ainda capaz de infectar pessoas já vacinadas, segundo os pesquisadores.

Os vírus da gripe sofrem mutação constantemente –
é por isso que as pessoas precisam de uma nova vacina da gripe a cada ano. Depois de seu surgimento em março de 2009 e da disseminação global, o vírus H1N1 da gripe suína permaneceu bastante estável com praticamente nenhuma mutação.

Cientistas de todo o mundo permanecem atentos a todas as cepas de gripe, alertas para o caso do surgimento de uma mutação especialmente perigosa. Embora o H1N1 não tenha se tornado especialmente letal, ele se espalhou pelo planeta em algumas semanas e matou mais crianças e adultos jovens do que uma cepa comum.

A OMS anunciou o fim da pandemia em agosto, mas o H1N1 agora é a principal cepa de gripe sazonal em circulação em quase todos os lugares, com exceção da África do Sul, onde o H3N2 e o influenza B são mais comuns. A atual vacina da gripe protege contra o H1N1, o H3N2 e a cepa B.
“O vírus pouco mudou desde que surgiu em 2009; entretanto, nesse artigo descrevemos diversas mudanças distintas geneticamente no vírus influenza H1N1 pandêmico”, escreveu a equipe de Barr no artigo.

“Essas variantes foram detectadas pela primeira vez em Cingapura no começo de 2010 e depois se espalharam pela Austrália e Nova Zelândia.”

As mudanças ainda não são significativas, afirmam eles. Mas houve casos de pessoas vacinadas que se infectaram, e também algumas mortes.
(Fonte: G1)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Setor de alta tecnologia é pré-histórico quando se trata de reciclagem

20/10/2010
Os setores tradicionais da economia já avançaram muito na reciclagem de metais como o alumínio, o cobre e o ferro.

Mas se o setor de alta tecnologia quiser capitanear o movimento rumo a uma economia limpa, então está passando da hora de começar a se ocupar com a reciclagem dos chamados "metais de alta tecnologia", metais especiais como o lítio, o neodímio e o gálio.

O alerta é de um relatório que está sendo preparado pelo Programa de Meio Ambiente da ONU, e que deverá ser completado até o final do ano.

Metais de alta tecnologia
Esses metais de alta tecnologia são necessários para a fabricação de componentes-chave para turbinas eólicas, células solares, baterias para veículos híbridos, células a combustível e sistemas de iluminação de alta eficiência, baseada em LEDs.

Além da reciclagem ser um dos pilares de uma economia sustentável, esses metais são raros, com poucas minas que, como sempre acontece em mineração, estão localizadas em pontos geográficos definidos, sem qualquer distribuição equitativa entre os países.

No entanto, apesar da preocupação presente no discurso dos executivos do setor de alta tecnologia, sobre a escassez dos metais especiais e dos seus altos preços, apenas cerca de 1% desses metais essenciais à alta tecnologia são reciclados hoje.
Os restantes 99% são simplesmente jogados no lixo no final da vida útil dos equipamentos.
Reciclagem dos metais especiais
Segundo os resultados preliminares do relatório, a menos que essas taxas de reciclagem subam drasticamente, os metais especiais e os elementos retirados das terras raras se tornarão "essencialmente indisponíveis para o uso da tecnologia moderna."

O relatório também ressalta os ganhos energéticos e a diminuição do impacto ambiental que poderiam ser obtidos se o setor de alta tecnologia alcançasse a taxa de reciclagem dos metais tradicionais.

Isso ocorre porque os metais reciclados gastam entre duas e dez vezes menos energia do que a fundição dos mesmos metais a partir dos minérios brutos.

"Melhorar as taxas de reciclagem não apenas oferece um caminho para melhorar a oferta e manter os preços dos metais mais baixos, mas também pode gerar novos tipos de emprego e garantir a longevidade das minas e das reservas minerais encontradas na natureza", afirmou Achim Steiner, subsecretário da ONU para assuntos do meio ambiente.

Metais acima do solo
Para analisar o impacto da extração e do consumo dos metais, os pesquisadores utilizam o conceito de metais "acima do solo" - os metais que já foram extraídos das minas e estão em uso pela sociedade.

Veja algumas das conclusões preliminares do relatório sobre a nossa "sociedade metálica":
  1. A quantidade de aço por pessoa nos Estados Unidos está hoje entre 11 e 12 toneladas. Na China é de 1,5 tonelada.
  2. Os estoques mundiais de metais têm crescido de tal forma que hoje há cobre "acima do solo" equivalente a 50 kg por pessoa.
  3. Desde 1932, a quantidade de cobre por pessoa nos Estados Unidos cresceu de 73 kg para perto de 240 kg hoje. Se este padrão de consumo de metais for seguido por todos os países, a quantidade de cobre e outros metais seria de 3 a 9 vezes os níveis atuais.
  4. A vida útil do cobre em edifícios é de 25 a 40 anos, enquanto nos PCs e nos telefones celulares o tempo de vida útil do metal é inferior a cinco anos.
  5. A demanda global por metais como cobre e alumínio duplicou nos últimos 20 anos.
  6. A falta de infraestrutura adequada para a reciclagem dos resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos na maior parte do mundo está causando perdas contínuas de cobre e outros metais valiosos, como ouro, prata e paládio.
  7. Para vários metais de alta tecnologia, como o índio e o ródio, mais de 80 por cento de toda a quantidade extraída dos recursos naturais saiu das minas apenas nas últimas três décadas.

Índio
O relatório cita o índio como exemplo dos cerca de 40 metais de alta tecnologia estudados, incluindo aqueles contidos nas terras raras.

O estudo destaca que esses metais são cruciais para as tecnologias sustentáveis do futuro, como energias eólica e solar e baterias avançadas para veículos híbridos.

O índio é usado em semicondutores, em diodos emissores de luz (LEDs), sistemas avançados de imagens médicas e células solares.

O índio é um metal encontrado em baixas concentrações na natureza e é minerado como um subproduto dos minérios de zinco.

Prevê-se um forte crescimento da demanda bruta do índio, de cerca de 1.200 toneladas em 2010 para cerca de 2.600 toneladas em 2020.

Acredita-se que as taxas de reciclagem atuais de índio sejam inferiores a um por cento, com um dado similar para os outros metais especiais. É o caso do telúrio e do selênio, usados em células solares de alta eficiência, do neodímio e do disprósio para ímãs de turbinas eólicas, do lantânio das baterias para veículos híbridos e do gálio, usado nos LEDs.

Paládio
O relatório cita o paládio como exemplo dos oito metais preciosos estudados, incluindo o ouro e a prata.

O paládio é utilizado em catalisadores de carros, catalisadores industriais e em áreas tão diversas quanto odontologia e fabricação de joias.

Atualmente as taxas de reciclagem do paládio chegam a até 90 por cento nas aplicações industriais, com taxas mais moderadas na indústria automobilística, onde ficam em torno de 50 a 55 por cento.

Entretanto, nas aplicações eletrônicas, as taxas de reciclagem do paládio estão apenas entre cinco e dez por cento, em parte porque menos de 10 por cento dos telefones celulares são reciclados adequadamente.

Reciclagem dos metais
O relatório também destaca que é possível melhorar a situação dos metais tradicionais:

  1. A produção mundial de aço utiliza 1,3 bilhões de toneladas de ferro por ano, que geram emissões de 2,2 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa. O aço "secundário", originário de reciclagem, causa 75 por cento menos emissões de gases de efeito estufa.
  2. As emissões geradas pelo alumínio reciclado são aproximadamente 12 vezes menores do que na produção de alumínio primário.
  3. Atualmente, apenas poucos metais, como ferro e platina, têm taxas de reciclagem no fim da vida útil de 50 por cento ou mais.
  4. Para cada 100 milhões de toneladas de aço primário substituídas por aço secundário, ou reciclado, faz-se uma economia de cerca de 150 milhões de toneladas de CO2.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Muito palavrório sem substância

Notícia - 18 out 2010

Dilma e Serra aparecem falando de ambiente na imprensa e calam sobre o tema no debate.
Nem um nem outro se comprometeu com o desmatamento zero ou fontes limpas de energia.

Dilma Roussef e José Serra estrelaram no último domingo, dia 17 de outubro, a manchete de capa do jornal “O Estado de S. Paulo” falando de ambiente. Não por vontade própria. Mas por iniciativa do repórter Herton Escobar, que enviou às respectivas campanhas várias perguntas sobre o assunto. No debate realizado à noite na Rede TV, nem uma palavra. O quase silêncio que os dois candidatos à Presidência dedicaram até agora à questão ambiental foi registrado num cálculo feito pelo repórter Paulo Marqueiro, de “O Globo”.

O resultado que ele descobriu virou a manchete do matutino carioca no mesmo domingo em que Serra e Dilma apareceram no Estadão com suas ideias para tornar o Brasil mais verde e limpo. Somando daqui e subtraindo dali, Marqueiro viu que, dos 400 minutos de campanha que teve à sua disposição na TV durante o 1º turno, Dilma dedicou apenas 5 minutos desse total, ou 1, 25%, ao tema ambiental, onde o repórter também incluiu saneamento.

Serra, que dispôs de 280 minutos de propaganda eleitoral gratuita, falou apenas 2 minutos sobre o mesmo tema, 0,71% do total. No Estadão, ambos tiveram a chance de discorrer mais longamente sobre suas visões em relação ao ambiente. Mas tanto Dilma quanto Serra desperdiçaram a oportunidade. Dilma certamente acusaria seu adversário de estar tergiversando. Serra sem dúvida responderia que ela ficou só no trolóló. De certa forma, os dois teriam razão.

Sobre o futuro de nossas florestas, reforçaram o que os dois que são contra a anistia aos desmatadores e a redução da Reserva Legal e de áreas de preservação permanente (APPs), como margens de rios e encostas, previstas no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB) que propõe a morte do nosso Código Florestal. São palavras que precisam ainda virar prática a partir de 1º de janeiro de 2011.

Serra propôs uma moratória no corte de árvores de cinco anos para todos os biomas para permitir a discussão sobre o que se fazer com zonas onde a agricultura está consolidada. Não ocorreu ao candidato defender uma política de desmatamento zero, que daria a ele todo o tempo do mundo para discutir essa questão e, ao mesmo tempo, protegeria para sempre o que nos resta de florestas.

Ele escreveu ao jornal que “é necessário inovar em relação à legislação” e disse que a seu ver “o setor produtivo aceita uma pausa para redefinir os marcos legais da relação entre a biodiversidade e o progresso no campo”. Em outras palavras, não assumiu posição contra o desmatamento. Dilma, do seu lado, também não. Prometeu avançar nos programas anti-desmatamento do governo Lula, sem fazer autocrítica sobre a maneira como estão funcionando, e perdeu a oportunidade de demonstrar avanços em políticas de preservação e de desenvolvimento sustentável.

Quando tentou ser específica, enrolou. “No Cerrado a situação é mais complexa”, disse, reiterando que é preciso “atuar na modernização e no uso sustentável do solo e adotar políticas para fazer uso de áreas degradadas para a expansão da agropecuária”. A candidata, no entanto, não explicou como pretende fazer nem uma coisa e nem a outra. E também, como Serra, passou ao largo das queimadas que há pouco mais de três meses queimam plantações e florestas em todo o território brasileiro, contribuindo para tornar nossa biodiversidade mais pobre, nosso ar mais poluído e o planeta mais quente.

Na questão energética, os dois também não se diferenciaram um do outro. A não ser nas palavras. Serra disse o óbvio, que fontes renováveis são melhores que os combustíveis fósseis para gerar energia. Mas não mencionou investimentos em fontes solar ou eólica. Preferiu lembrar o potencial de geração hidráulica da Amazônia – uma recordação que invariavelmente remete a megahidrelétricas e impactos imensos na floresta e nas pessoas que lá vivem. Falando em grandes obras, lavou as mãos em relação à usina de Belo Monte, dizendo que agora resta apenas fazer seus construtores cumprirem as determinações legais.

Vídeo: Vote por um Brasil mais verde e limpo:

Dilma deu a impressão de achar que a única fonte renovável que existe no país é a hidrelétrica. Primeiro porque não mencionou o potencial de energia que o país pode gerar a partir do Sol e dos ventos. E, depois, porque explicitamente afirmou que não se pode abrir mão de hidrelétricas, usando Belo Monte como exemplo. Arrematou suas reflexões energéticas com uma frase vaga: “Queremos hidrelétrica mas também preservar o nosso patrimônio ambiental”.

Quando o assunto descambou para a crise do clima, Dilma e Serra hesitaram em ir além do marketing político. Ela falou na Lei do Clima aprovada sob os aplausos do governo federal em dezembro do ano passado. Disse que considera suas metas adequadas, que elas são um compromisso nacional e que há vários planos setoriais em elaboração. Não discorreu sobre os tais planos – sobre os quais a sociedade civil pede transparência desde seu anúncio, sem sucesso – e se esqueceu de mencionar que a lei até hoje não foi regulamentada. Portanto, apesar de estar em vigor, não tem como ser aplicada.

Serra saiu por caminho semelhante. Lembrou que no ano passado, quando era governador de São Paulo, aprovou na Assembléia Legislativa uma Lei do Clima para reduzir as emissões do Estado brasileiro que mais contribui para o aquecimento global. Mas deixou solta a responsabilidade do setor de transporte, responsável pela maior parcela das emissões de São Paulo, e esqueceu-se convenientemente que saiu para ser candidato à Presidência sem regulamentar a lei. Preferiu sair-se com um trololó. “… não se deve temer a agenda ambiental”, disse. “Mas sim fazer dela uma oportunidade de transformar a economia, do atual caráter predatório, para uma economia verde…”

A verdade é que as reportagens dominicais de “O Globo” e “O Estado de S. Paulo” deixam claro que, salvo raras exceções, os dois candidatos não apresentam compromissos palpáveis, evitam entrar em detalhes sobre a questão ambiental – que o cientista político Sergio Abranches qualificou no jornal carioca como fundamental para dar ao país uma agenda do século 21. No debate de ontem à noite promovido pela Rede TV e o jornal “Folha de S.Paulo” não foi diferente: os candidatos não se pronunciaram sobre o que pensam da preservação ambiental.
Por essa razão, é importante que você assine e, se já o fez, repasse para seus conhecidos a petição do Greenpeace deixando claro que seu voto irá para quem se comprometer com o desmatamento zero e o incentivo à fontes solar e eólica para a geração de energia. A petição exige ainda que Serra e Dilma debatam em detalhes a questão ambiental antes de 31 de outubro, dia da eleição.

Vote por um Brasil mais verde e limpo.

Confira o kit da mobilização - clique aqui.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fiscalização notifica vários estabelecimentos por despejos de resíduos sólidos em Maceió

24 de setembro de 2010

Como determinado em audiência, a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), enviou o relatório de fiscalização que aconteceu nos estabelecimentos comerciais para averiguar o correto despejo de resíduos orgânicos e de construção civil. Os trabalhos foram realizados em força tarefa com técnicos da Slum, Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano de Maceió (SMCCU) e Vigilância Sanitária Municipal. Durante a inspeção, vários locais foram notificados.

A audiência foi realizada no Ministério Público Estadual com a Promotoria de Justiça Coletiva de Defesa do Meio Ambiente, com apoio do Núcleo de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, e ficou definido que a SLUM, SMCCU e Vigilância Sanitária Municipal realizariam uma força tarefa no sentido de detectar estabelecimentos identificados como grande geradores de resíduos, que estariam utilizando os carroceiros para depositar resíduos em calçadas e terrenos baldios.

Para o diretor de operações da Slum, Paulo Angelo de Almeida, o objetivo da fiscalização foi detectar os estabelecimentos comerciais, como restaurantes, lojas de grande porte, como grandes geradores de resíduos orgânicos ou que estejam em reforma, gerando resíduos de construção civil e depositando em vias públicas ou terrenos baldios. “Fiscalizamos também as residências em reforma que estão depositando resídios e material de construção civil em calçadas e passeios de pedestres”, informou o diretor.

Os trabalhos foram iniciados no supermercado Extra, que fica na avenida Gustavo Paiva, onde a Vigilância Sanitária notificou a existência de uma fossa de gordura com canalização estourada, despejando material na via. Já na avenida Júlio Marques Luz, uma residência foi notificada porque estava depositando material de construção civil na calçada, obstruindo o passeio de pedestre.

Segundo o diretor, na mesma avenida, foram notificados também os restaurantes Galeto Jatiúca e Bodega do Sertão, por serem identificados como grandes geradores de resíduos, além disso, foram flagrados repassando material orgânico para carroceiros. A fiscalização foi encerrada na Ponta Verde, com as notificações das construtoras Lima Araújo e Record, por permitirem que seus terrenos sirvam de depósito de lixo e entulho.

A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Meio Ambiente, Dalva Tenório, disse que vai solicitar a continuidade do mutirão e pedir o auxílio da comunidade, e lembrou que a taxa de lixo para o cidadão é referente ao lixo doméstico, até 100 litros. “Aqueles que geram quantidade maior, deverão pagar uma empresa licenciada pelo município para o recolhimento desses resíduos. Depositar lixo em vias públicas ou terrenos baldios é crime ambiental”, alertou.

Forro ecológico criado pelo Senai usa saco vazio de cimento

O material é um dos principais itens de lixo nas construções e é de reciclagem considerada praticamente inviável economicamente
08/09/2010 07:44

Um projeto dos formandos do curso técnico em construção civil-edificações da escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) João Martins Coube, de Bauru, promete ser uma alternativa tanto de aproveitamento sustentável dos materiais quanto de impulso econômico para diferentes setores.

A inovação, batizada de “Forreco” (originada de forro ecológico), baseia-se na produção de placas para forro concebidas a partir da transformação do papel dos sacos de cimento vazios.
O material é um dos principais itens de lixo nas construções e é de reciclagem considerada praticamente inviável economicamente.

Além de tirar do meio ambiente grande quantidade de detrito poluidor, cujo tempo de decomposição é alto e resulta em poluição do ar e de lençóis freáticos pela presença de resíduos do cimento em pó, a iniciativa também é de cunho socioeconômico, defendem idealizadores, professores e direção da escola.

“Além do caráter ecológico, também há o foco social”, destaca Ademir Redondo, diretor do Senai de Bauru. “Proporcionaríamos material de custo menor, com a possibilidade da implantação do forro até mesmo nos empreendimentos mais populares”, enaltece o aluno Cosme Cipriano, autor do projeto ao lado dos colegas Eliane Regina Ariosi Campos, Michel Lucas Medeiros e Gildo Bonfim da Silva.

A ideia faz parte do trabalho de conclusão de curso dos estudantes e fez sucesso durante a edição 2010 do programa “Inova Senai”, que premia alunos e professores da escola que apresentarem os melhores projetos de pesquisa aplicada. Exposta até anteontem em São Paulo, a proposta chamou a atenção de construtores e acadêmicos da área, além de ganhar destaque na mídia nacional.

Selecionado entre 132 projetos apresentados por alunos de todo o Estado, o trabalho dos estudantes bauruenses ficou entre os 40 melhores que buscam uma vaga na etapa nacional do concurso.

Do lixo para o teto
Para a elaboração do projeto, os alunos percorreram construções por toda a cidade e observaram a grande quantidade de sacos de papel descartados. Com o alto valor da reciclagem, resultante do custo para separar resíduos de cimento do papel, as embalagens se tornam problema ambiental caso não sejam destinadas para aterros ou bolsões específicos.

A partir do reaproveitamento, enfatiza o professor do curso e arquiteto Luiz Antônio Branco, é agregado valor a um material praticamente desprezado, inclusive por catadores de itens recicláveis.

As placas, assegura o arquiteto, são duráveis e possuem resistência. “Elas são reforçadas por fibras formadas pela própria permanência de resto de cimento junto ao papel. Esse é o contraponto. Não é viável reciclar, mas, ao mesmo tempo, isso deixa o material perfeito para o produto”, explica Branco.

“Além disso o próprio papel é de altíssima resistência”, acentua o professor, salientando, ainda, que os resíduos do cimento deixam as placas de forro resistentes ao fogo. Testes feitos com auxílio de maçarico comprovam essa característica, asseguram aluno e professor. “O fogo não atravessa”, garante Branco. “Claro que muitos outros testes ainda precisam ser feitos. Estamos em fase inicial”, pondera.

Entulho de construção deve ir para bolsão
Em Bauru, o entulho da construção civil legalmente recolhido é remetido para um bolsão controlado. Previsto pela resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que classifica os resíduos de acordo com categorias. O procedimento, além de evitar a poluição, seja do solo, ar ou visual, ainda auxilia no controle de outro problema ambiental, as erosões.

Os chamados resíduos inertes (tijolos, blocos ou cerâmicas), detalha o diretor do Departamento de Ações e Recursos Ambientais da Semma, por não necessitarem de qualquer processo de beneficiamento, quando não há incentivo para reaproveitamento por parte dos próprios construtores, são empregados no combate às fissuras no solo.

“Temos a lei municipal número 4.646, de 2002, que permite a utilização dos resíduos para conter a voçoroca e hoje destinamos para algumas áreas erodidas”, acrescenta o diretor do Departamento de Ações e Recursos Ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), Sidnei Rodrigues.

Todo o material destinado ao bolsão da prefeitura é recolhido por transportadores especializados filiados à Associação dos Transportadores de Resíduos Inertes (Asten), com cerca de 30 filiados. “Eles próprios fiscalizam a qualidade do material que chega. Se for notado resíduo fora das características eles entram em contato conosco, além de também termos fiscal lá”, detalha.
Transportadores e empresas que depositam resíduos fora das especificações, ou seja, de outras categorias, como produtos químicos, são notificados e, em caso de reincidência, multados.

Os rejeitos de outras especificações, detalham o secretário Valcirlei Gonçalves da Silva e o diretor de divisão da Semma, são encaminhados para áreas adequadas em outras cidades, a cargo das próprias construtoras.

Caso a empresa seja flagrada depositando entulho de forma irregular, fica passível de advertência e multas variantes entre R$ 500,00 e R$ 50 mil. Mas um empreendimento da cidade chegou a totalizar mais de R$ 250 mil como punição pela prática. A multa é questionada pela empresa na Justiça. “Provavelmente ela vai perder todos os bens”, confia Rodrigues.

Do Jornal da Cidade
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...